"O MAL SÓ TRIUNFA QUANDO OS HOMENS DE BEM NADA FAZEM". Edmund Burke.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

A impotência sexual decorrente do tratamento do câncer de próstata.

Acho que a maioria dos homens, independente da orientação sexual, teme o câncer de próstata. E também as sequelas de um tratamento desse tipo de câncer, como a perda da função sexual. Essa postagem vai informar que nem todo tratamento resulta na perda da ereção e em que situações há uma maior chance para que essa sequela se manifeste.

O câncer da próstata é estimulado a se proliferar pela ação do hormônio masculino, a testosterona. Todas às vezes em que é necessário interromper-se a produção desse hormônio, para bloquear a evolução da doença, ocorrerá a impotência sexual.

Os nervos que participam do processo de ereção passam bem próximos à próstata, então tratamentos que objetivem a retirada dessa glândula, podem comprometer esses nervos e causar impotência sexual. Esse mesmo comprometimento dos nervos, pode ser acarretado por terapias direcionadas apenas à área tumoral, sem cirurgia associada.

Então vamos falar um pouco dos tipos de tratamento.

1) Doença localizada, ou seja, ainda limitada e restrita à próstata:
A) Cirurgia: visa retirar completamente o órgão e nessa hora, ao ser retirada, pode ocorrer lesão dos nervos e causar impotência sexual. Com o aprimoramento das técnicas, cirurgia com robô por exemplo, essa complicação é cada vez menos frequente.
B) Radioterapia: indicada para os casos em que a cirurgia não pode ser realizada, como por exemplo, num paciente mais idoso e com riscos para uma cirurgia mais agressiva. Visa destruir a área tumoral, conservando o órgão. Como pode acometer os nervos que participam da ereção, pode ocorrer impotência sexual

2) Doença disseminada, ou seja, o tumor não está mais restrito à próstata:
A) Bloqueio hormonal visando interromper a ação da testosterona: costuma causar impotência sexual. Hoje há uma opção de tratamento intermitente, quando de tempos em tempos, a ação de bloqueio hormonal é interrompida temporariamente e com isso, o paciente retoma a condição de ter ereções, entre outras coisas.
B) Orquiectomia, cirurgia para a retirada dos testículos visando a interrupção da produção de testosterona, pois é aí que esse hormônio é produzido. Nessa caso a impotência sexual é definitiva.
C) Quimioterapia, que é um tratamento que há pouco tempo começou a ser indicado para os casos mais avançados, mais agressivos de câncer na próstata e que não respondem mais à interrupção da produção de testosterona. Normalmente a condição de saúde deste paciente, já não oferece mais condições de bem estar para ereções e vida sexual.

Resumindo, a impotência sexual não é uma sequela sempre presente no tratamento do câncer de próstata. Quanto mais precocemente for realizado o diagnóstico desse tipo de tumor, maiores as chances de tratamentos que podem preservar a função sexual.

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